segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cheiro De Poesia * Antonio Cabral Filho - Rj

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Cheiro De Poesia

A poesia emana de meus poros
e irradia seu odor ao redor.

Faz arder certas narinas
e distender outras.

Ela faz isso
para que todos entendam
que a poesia trabalha
o dia inteiro
e tem pleno direito
a liberar suas essências.

Isso não subentende
que ela imite a indústria química,
as refinarias de petróleo
e as usinas de açúcar,
que o fazem à revelia
do Protocolo de Quioto.

Porém, há uma diferença ímpar
entre o que exala a indústria
e o que expele a poesia.
*

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Sei que sou assim: Desde o princípio até ao fim, só restos de mim.