quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

JACAREPAGUÁ: HISTÓRIA E HISTORIADORES * ANTONIO CABRAL FILHO


1 - Waldemar Costa na História...
é jornalista profissional e morador da Praça Seca desde 1949 e seu frequentador assíduo, incluindo o Cine Ipiranga, onde sua mãe foi bilheteira a partir de 1944. É natural do Rio de Janeiro, nascido em 20 de Janeiro de 1937; bacharel em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, repórter, redator e colunista do Jornal dos Sports do Rio de Janeiro de 1970 a 1980; redator da seção de loteria esportiva do do Jornal dos Sports de 1972 a 1980 e 1989 a 1990; colunista diário do jogo de xadrez do Jornal dos Sports de 1974 a 1980; editor de Caissa - Revista Brasileira de Xadrez, de 1978 a 1981; editor do semanário Xadrez Expresso em 1984. Seguem-se suas palavras...
"O VALE DO MANGANGÁ

Apresentação

A memória oral exerce profundo domínio nos lugares com densidade demográfica que não se altera  ao passar dos anos. Nessas localidades, mesmo não tendo nada escrito, a história permanece intacta,já que vai passando de boca em boca pelas gerações. Nos lugares com acentuado índice de crescimento, onde a população se renova constantemente, acontece exatamente o contrário, pois seus habitantes não são uma grande família como nos lugarejos, mas sim um ser urbano, completamente descompatibilizado do conjunto. Aí a memória oral é fraca, e, com o tempo, tende a desaparecer.
Há muito tempo esse tipo de problema vem acontecendo na Praça Seca..."

Bom, a partir daí, tudo que Waldemar Costa vai narrando no livro acima, refere-se ao "presente" que a forma de relação com o ambiente estabelece entre si e seus habitantes, dividindo-se entre fixos e migrantes, portanto, o objeto de preocupação do Historiador.
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2 - CARLOS ARAÚJO E NOSSA SENHORA DA PENNA...
(Contato: araujo.histo@gmail.com)
faz a história através de sua coluna CURIOSIDADES DO BAIRRO, no jornal www.nossobairro.net
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CARO ANTÔNIO CABRAL, SOU HISTORIADOR POR PAIXÃO À HISTÓRIA.TENHO, ATUALMENTE, EDITADOS EM CD-R: "JACAREPAGUÁ DE ANTIGAMENTE", MAIS COMPLETO DO QUE A PRIMEIRA EDIÇÃO; "RIO DE JANEIRO - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA"; IMAGENS DO RIO DE JANEIRO" E "PROPAGANDA MÉDICA COM UM POUCO DE HUMOR".
FAÇO PALESTRAS SOBRE JACAREPAGUÁ HÁ UNS VINTE ANOS E PASSEIOS A PONTOS HISTÓRICOS, NO BAIRRO, COM ALUNOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS, DESDE 2000.
COSTUMO FAZER PALESTRAS EM CLUBES DE ROTARY E DE LIONS DA REGIÃO.
NOME COMPLETO:
CARLOS FRANCISCO CORREIA DE ARAUJO
UM FORTE E FRATERNO BRAÇO.


CARO ANTÔNIO CABRAL, SOU UM APAIXONADO POR JACAREPAGUÁ DESDE A PRIMEIRA VEZ QUE AQUI ESTIVE, HÁ BEM MAIS DE 50 ANOS.
EM 1972 MUDEI PARA CÁ. COMECEI A LER E OUVIR HISTÓRIAS DO BAIRRO.
O PRIMEIRO LIVRO QUE LI FOI: "O SERTÃO CARIOCA" DE MAGALHÃES CORRÊA", EMPRESTADO  POR UM COMPANHEIRO, DIRETOR DO HOSPITAL CURUPAITI DURANTE 19 ANOS E APAIXONADO, TAMBÉM, POR JACAREPAGUÁ. COM ELE APRENDI MUITA COISA E COMECEI A FAZER PESQUISAS A RESPEITO.
SEMPRE GOSTEI DE HISTÓRIA E POR ESSA RAZÃO APROFUNDEI MINHAS PESQUISAS SOBRE O BAIRRO.
ALÉM DE UM LIVRO SOBRE JACAREPAGUA "JACAREPAGUA DE ANTIGAMENTE", JÁ ESGOTADO E RELANÇADO EM CD-R, MUITO MAIS COMPLETO, TENHO AINDA "RIO DE JANEIRO - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA.
ESTES DOIS SOBRE O RIO DE JANEIRO.
MUITO ANTES DE EDITAR MEUS LIVROS, JÁ FAZIA PALESTRAS SOBRE NOSSO BAIRRO EM ESCOLAS E CLUBES DA REGIÃO.
EM 2000 COMECEI A FAZER VISITAS A PONTOS HISTÓRICOS DE JACAREPAGUÁ COM ALUNOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DAQUI E CONTINUAREI ENQUANTO PUDER. AGORA EM MARÇO DAREI INÍCIO ÀS MESMAS .
NÃO SOU HISTORIADOR FORMADO PORQUE MEU PAI, COMO ERA CONTADOR, ACHOU QUE EU TERIA DE SÊ-LO TAMBÉM. NÃO SOU BOM MATEMÁTICO. NUNCA EXERCI A PROFISSÃO.
ALÉM DE JÁ TER ESCRITO EM OUTROS JORNAIS DA REGIÃO, DESDE O 4º
NÚMERO DE "NOSSO BAIRRO - JACAREPAGUÁ", TENHO UMA COLUNA, NO MESMO, FALANDO SOBRE NOSSO BAIRRO: www.nossobairro.net

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3 - DESVENDANDO... Val Costa e Luciana Araújo, uma dupla de pesquisadores que vem revelando a história de Jacarepaguá e Barra da Tijuca de modo mais detalhado, de modo a prestar serviço aos interessados em informação precisa. Diferentemente dos demais pesquisadores, eles oferecem dados já documentados.
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Não temos informação de atividades da Luciana Araújo, mas o Val Costa faz uma coluna permanente do Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá...Coluna do Val  jaajrj.wordpress.com/category/coluna-do-val; além disso editam o blog barra-jpa.blogspot.com.br; as fotos acima são de suas autorias, tanto no blog quanto no "face".
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4 - OUTRAS FONTES SOBRE A HISTÓRIA DE JACAREPAGUÁ
1 - fatoseangulosbloginfo.blogspot.com 
2 - http://ihja.blogspot.com   
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SOBRESSALTO (mini-conto) Antonio Cabral Filho

                                                                          
  Como os últimos momentos são tão iguais, que quando surgem causam sobressaltos, aquele não foi diferente.
     Eu estava com os olhos protegidos contra a poluição contextual; por isso, tive de ativar a visão para acreditar e aguçar a memória para ver o moço, tão sobressaltado quanto eu, sentado ao meu lado no coletivo, que tirava cigarros do maço, acendia-os, fumava até à metade e jogava as cinzas e as baganas no piso do carro, entre nós dois.
     Mexia-se inquieto, cruzava e descruzava braços e pernas, nas pausas entre um cigarro e outro.
     Quando restava o último, acendeu-o, cruzou as pernas e acomodou como quis o braço desocupado sobre o joelho, enquanto chamineava cinzentas baforadas de fumaça, ansioso e exausto.
     De repente, atirou o cigarro no chão, e se levantou irritado, dirigindo-se a mim:
- Quê que há meu chapa?! Por que está me prestando atenção?! 
     Como os últimos momentos são tão iguais que quando surgem causam sobressaltos, fiquei sobressaltado e disse-lhe que finalmente arrancara uma palavra de alguém, pois uma troca de ideias hoje em dia, é coisa de paranóico mesmo. 
     Em seguida, nós dois, sobressaltados um com o outro, saltamos do ônibus e sumimos, correndo em direções contrárias.
VIDE+contos na página ao lado...
***
AOS AMIGOS A POESIA DOS AMIGOS

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MINHA TROVA FAVORITA * TROVA LEGENDA * Participação: ANTONIO CABRAL FILHO
27 página(s), pub. em dezembro 13th 2012
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terça-feira, 13 de novembro de 2012

CANTO A ILU-AYÊ * Antonio Cabral Filho(*)


 África12 - Pintura
Negro é raiz da liberdade
mais forte que qualquer outra
e faz nosso povo se unir
hoje muito mais que outrora.
Porém, os chacais que o rondam
ainda encontram lacaios
contra o nosso porvir,
pois quem nasceu para Judas
não se cansa de trair.

Ilu-Ayê tem o sorriso negro
pra fortalecer meus irmãos
e regar a flor da resistência
desde a grimpa dos morros
até à vereda mais úmida
em prontidão na tocaia
para emboscar batistradas
e avisar aos capatazes
que quem brinca com corda
acaba dependurado.

Ilu-Ayê tem o abraço negro
pra fortificar os quilombos
e multidões de zumbis
com suas bandeiras erguidas
pra celebrar nosso rei,
que deu seu sangue por nós
e merece glória eterna.

Ao cismar sozinho relembro
que todo instante da vida
é sempre 20 de Novembro
com a dignidade iluminada
e o espírito pleno de Axé;

pois nossa pele tem mais sol,
nosso céu tem mais luar,
nosso povo tem mais força
quanto mais doar amor.

Não permita Deus que eu morra
sem que ainda faça um poema
digno da beleza negra
com maior engenho e arte,
que exalte Rainha Dandara,
Zumbi e Solano Trindade
com uma imensa Quizomba
para alegrar nossa raça
e cantar para Ilu-Ayê.

* ACF é poeta, contista, cronista,editor dos blogs
 http://letrastaquarenses.blogspot.com.br &
 http://blogdopoetacabral.blogspot.com.br, entre outros.
+CABRAL
Cadeira 48 da academiamomentoliterocultural.blogspot.com.br e/ou
antologiamomentoliterocultural.blogspot.com.br/2010/01/antonio-cabral-filho-entrevista.html  e/ou   www.jornaldepoesia.jor.br/1acabral.html
***


sábado, 27 de outubro de 2012

Marilyn Monroe Carioca * Crônica * Antonio Cabral Filho


Visitei, dia desses, a Praça General Osório; quanto artesanato! Fiquei maravilhado com as sandálias de couro cru e as bolsas tiracolo de sola vernizada, que pelo que pude notar, continuam na moda.

Gastei um tempão andando; andando mesmo, à esmo! Perdi-me entre tantas barracas e nem notei que ficava uma eternidade diante de uma mercadoria ou outra, examinando, examinando, nem eu sei o quê! E foi num momento desses que me dei conta  de esquecer-me diante das barracas, de estar "fora de mim" naquele mundo dos mestres de ofícios.

Mas lembro-me muito bem que vi souvenir de todo tipo, tais como barquinhos com Yemanjá, São Jorge em seu cavalo branco, índios com arco-e-flecha, negros com berimbau, Pelé com a bola na cabeça, Carlinhos de Jesus sorrindo com um pandeiro nas mãos, casal de mestre-sala e porta-bandeira mirins, vaqueiro com chapéu de couro e seu cavalo campeiro, Beto Carreiro e Corisco, cerâmicas marajoaras, entre tantos! E, de repente, assim de flash, lembrei-me dos índios levados pelos europeus como presentes dos seus amigos daqui da colônia, como é o caso do Botocudo "Joaquim Quack", que o Príncipe Maximiliano Wied-Neuwwied arrastou lá para os confins da Renânia; das duas indiasinhas de dez e onze anos cada abandonadas na Praça Jardim de Alah, Leblon, Rio de Janeiro, por uma "ma-dama", que as "ganhara" às margens de uma "transamazônica" dessas tantas que o Brasil tem; das tantas e tantas negras "Piná" que desde Vila Rica viraram "Chicas da Silva" e habitaram palácios dos morrugas portucalenses; e muito, muito mais, do que alcança minha desgastada cachola de tupiniquim colonizado.

Porém, percebo que o que chamou a minha atenção mesmo foi uma roda de gringos, gringos muito altos e muito brancos, mais brancos do que a brancura habitual que os brancos ostentam aqui nos trópicos. Eles conversavam em alemão e lembravam muito mais uma roda de nazistas com seus cortes de cabelo à Príncipe Danilo do que propriamente um grupo de turistas visitando Ipanema num sábado de manhã ensolarada. Entre eles havia uma mulher loira, de estatura mediana, bem nutrida, típica filha da classe média zonal-sul, dizendo-se professora, formada em pedagogia na PUC-Rio e versada em línguas germânicas; aí o gringo com o qual ela estava agarrada disse lá nos seus falares, que conhecera aquela..." como disse o Vinicius? Garróta de Aipaneme!" na boate Vênus Tropical e foi "amorre" à primeira vista e contou à turma  do alto da sua gaiatice que aqui no Brasil tem um ditado dos primitivos, segundo o qual "amorre de pícar onde batér fícar".  Nesse momento, ela disse-lhes em alemão também, que estava dançando funk no "bonde"  quando deu de cara com aqueles dois faróis azuis brilhando em sua direção e não resistiu...

Foi riso pra todo lado e a conversa prosseguiu  falando dos preparativos para o casório aos pés do Portal de Brandemburgo, mas ficou bem claro pra mim quando ele disse aos amigos que ia levá-la pra "comerre em cásar" Aí, eu comprei uma alpercata e parti, mas na minha mente ficou a imagem de um souvenir vivo...
***

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

BLUES DA YPUCA * Antonio Cabral Filho*

(http://www.portinari.org.br)
Boêmios entornam a última talagada,
gemem acordeons na madrugada,
curiangos malham no ferro-frio
"manhã eu vou, eu vou"
anunciando quimeras,
garçons expulsam os últimos zucrins,
bebuns catam cavacos nas esquinas
e acordam viralatas de rua,
que aprontam o maior barraco
enquanto um despertador abusado
arrebenta a campainha
na casa do vizinho próximo:
- Trimmm! Trimmmm! Trimmmmm!

Chega o dia cheio de ordens
e fecha os bares,
põe os notívagos pra casa
nostálgicos do copo virado,
todos mijando uísque, cerveja,
cubalibre, samba-em-berlim 
e pinga do barril,
aos pés dos oitiseiros,
comendo torresmo estrada afora
pra se livrarem do porre,
deixando o bairro todo grogue
enquanto uma mulher chora
sobre um corpo ao pé do poste,
alheia à indiferença alheia.

Logo-logo a cidade inteira
será ressaca
e ninguém saberá nada
do havido na noite passada.

Mas o inesperado acontece na Ypuca,
bem aos fundos do  Jardim Catarina:
É que os vizinhos se juntam em mutirão
e fazem um barraco pra Tina,
que foi largada por Bilico
com quatro filhos pequenos.

VIDE MAIS CABRAL
* http://blogdopoetacabral.blogspot.com.br  ou
http://letrastaquarenses.blogspot.com.br  ou
http://acf136.blogspot.com.br

sábado, 22 de setembro de 2012

LIRA DOS QUINZE ANOS * Antonio Cabral Filho

(No momento em que a Comissao da Verdade enfrenta o ódio de todos os "órfaos da ditadura", tanto esta foto histórica quanto meu poema sao fundamentais para o meu pais.)
***
Oh que alívio que eu tenho
daqueles colegas de infância
com seus mundos cor-de-rosa,
heróis de história em quadrinho,
coca-cola, chiclete, carmanguia,
lencinhos perfumados, documentos,
sem sombra de movimentos
que os anos não trazem mais.

Como eram frios os versos
profundamente românticos!
Mas contra os versos
profundamente românticos
a alma dos versos meus
é francamente livre
e cospe na cara do eu-lírico
que caça borboletas azuis.

Oh que alegria que eu trago
das minhas gazetas da infância,
daquelas tardes jongueiras
à sombra dos oitiseiros
entre o Largo da Carioca
e o Tabuleiro da Baiana
com tudo quanto é quitute,
cuscuz, cocada, quindins
e os chamegos da mulata.

Oh que saudades que eu tenho
da minha Avenida Central,
avenida dos meus sonhos
colhidos na Cinelândia
e comidos nos Arcos da Lapa
por alguma linda Brigite
com beijo gosto de menta
e seios de Marilyn Monroe.

Pobre do espírito pudico
que nunca esbarrou com Cupido!
Jamais se esbaldou
nas tabernas da Praça Mauá
degustando "Cuba-Libre"
com as nossas Bardots,
nem trocou beijos calientes
entre senha e contrassenha
com alguma companheira
aos cicios "pela revolução!"
nas esquinas da Rio Branco.

Livre filho suburbano
desfilava satisfeito
por meu boulevard sem Paris
da minha Avenida Central,
que só virou Rio Branco
para agradar ditos-cujos,
e ria com meus olhos leigos
da anarquia arquitetônica
daquele casario sem eiras,
que o Pereira "passo" extinguiu
com um só "bota-baixo".

Naqueles tempos ruidosos
de ardente adolescência,
papai montava a cavalo
e saia pra campear,
mamãe brandia o chicote
e o leite fervia
no fogão a lenha,
eu era pingente de trem
e oficie-boy da Light
e Che Guevara era bandeira
nas barricadas de Paris.

Ai que saudades que eu tenho
da Avenida Rio Branco
como um palco a céu aberto
p'rum coro de cem mil vozes
cantando Geraldo Vandré:
"Vem, vamos embora,
que esperar não é saber.
Quem sabe faz a hora
não espera acontecer."

Mas "saudade" que eu sinto,
"saudades" que me doem fundo mesmo,
são da Avenida Rio Branco
na passeata dos Cem Mil
no auge dos meus quinze anos,
daquela gente bronzeada
mostrando tanto valor
só pra mudar o Brasil,
dos "bailes" que eu dei nos "ome"
na Biblioteca Nacional
com o saco de bola de gude,
do Wladimir trepado no poste
gritando "Abaixo a Ditadura!"
alheio ao gás lacrimogêneo,
das balas com endereço certo
e o sangue correndo solto......
...................................................
São "saudades" que a palavra
lhes recusa a assinatura,
coisas muito duras para esquecer
como diz o Rei Roberto,
mas me fazem muito bem
que os anos não tragam mais.

Por isso eu sigo cantando
"Caminhando" com Vandré:
"Vem, vamos embora,
que esperar não é saber.
Quem sabe faz a hora,
não espera acontecer!"
***
LIRA DOS QUINZE ANOS E SUA REPERCUÇÃO
***
Olá Antonio Cabral
Adorei sua lira, aliás, falando sério, tudo a ver; me senti escrevendo o poema... parabéns. Abraços, silas - www.portas-lapsos.zip.net   Silas Correia Leite
***

----- Mensagem encaminhada -----

De: Ilma Mendes Fontes <ilmafontes@yahoo.com.br>
Para: Antonio Cabral <letrastaquarenses@yahoo.com.br> 
Enviadas: Terça-feira, 25 de Setembro de 2012 11:13
Assunto: LIRA DOS QUINZE ANOS 

Cabral, muito bem me lembro desse cassimiro de abreu dos seus 15 anos - acho que eu tinha 17 ou 18, naquele momento de patriotismo que não vingou nas novas gerações. Fiz ponte entre Aracaju-RiodeJaneiro e Salvador/BA, no ME (movimento estudantil) PARTICIPEI DA LUTA DA JUVENTUDE na qual morreu muita gente inteligente e fina... Pra dar nisso que estamos vendo... Ô Brasil, mostra uma cara nova, sem botox e língua solta... Estamos juntos. Ilma Fontes
***
Primeira publicação do LIRA... foi em Janeiro de 2010, no LETRAS SANTIAGUENSES nº85, editado e dirigido por Auri Antonio Sudati e Zé Lir Madoloso em Santa Maria - Rs. Email auriantoniosudati@terra.com.br
Depois, em Set/Out 2010, Revista poetizando nº38, editada por Walmor Dario Colmenero Santos e Eunice Mendes, de São Vicente - Sp, site www.revistapoetizando.blogspot.com   

 Agora, além da´minha página na AVSPE: www.avspe.eti.br/poetas2012/antoniocabralfilho.htm,  mais de 50 sites reproduzem o LIRA, entre eles o caeseubt.blogspot.com.br... editado pelo
 Meu Amigo Olivaldo Junior, que inclusive adicionou o vídeo abaixo:

    Assista a um vídeo com a canção Pra não dizer que não falei das flores, composta e cantada por Geraldo Vandré, em 1968, no III Festival Internacional da Canção.

Fonte: site Youtube.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TEM CABRAL NO "POETAS EN / CENA 6" * Antonio Cabral Filho





O Projeto Editorial "POETAS EN / CENA 6", editado com o selo BELÔ POETICO, é um empreendimento da Equipe Rogério Salgado / Virgilene Araújo, e a cada fornada, trás à tona mais uma leva de POETAS, na sua maioria, já experimentados nos embates com a palavra e, eu tenho a glória de integrar esta edição. Participo com haicais, trovas e verso-livre e quero convidar os amigos a entrar em contato para conhecer todo o conteúdo. Ninguém vai ficar insatisfeito...

Mas eu quero brindar este momento oferecendo a todos a minha safra de trovas premiadas nos últimos meses... 
Pelo Clube da Simpatia, Algarves - Portugal, Menção Honrosa, com o tema Terra:

Todos cantam sua TERRA,
também vou cantar a minha,
mas canto nenhum encerra
tantos dotes de rainha.
&
Pela Academia Mageense de Letras, Rio de Janeiro, 9º Lugar, com o tema Morena:

Eu sei que a negra é demais,
que a loura ninguém aguenta,
mas a MORENA arrebenta
em tudo que pensa e faz.
&
Pelo blog Poesia em Trovas, de Camboriú - Sc, fui incluído no Projeto Trova Legenda, de Agosto, com o tema Porta Aberta:

Vai sem olhar para trás
quem acha que sempre acerta,
sem saber que a vida faz
estoque de PORTA ABERTA.

Quero, mais uma vez, expressar meus agradecimentos a todos que têm contribuído para a distinção do meu trabalho: Muito Obrigado!
***


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CONCEPÇÃO RODRIGUISTA DE VANGUARDA * Antonio Cabral Filho - Rj


*&*

Nelson Rodrigues sempre
pregou em prosa e palco,
que vanguarda boa
é vanguarda morta...
                            fosse estética 
                            ou ideológica,
tanto que não moveu
uma vírgula sequer
para livrar o Nelsinho
do maior rabo de foguete...
                           e arrotava a quatro ventos
                           na redação do Jornal dos Sports
                           o seu bafo de "blackprince":
vanguarda boa é vanguarda morta,
mormente por suicídio
ao cortar os pulsos. Não! A veia aorta 
antes do parto
e receber atestado, não
de nascimento, mas de natimorta!
                           Sacudia o paletó e saía.
                           Morreu em paz, até onde sei,
                           consigo e com o Nelsinho também.
*&*