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Becos que canto no verso
sem fazer questão do metro
sem nenhuma pretensão
nem mesmo de sifilítico,
Becos das minhas certezas
e das ilusões perdidas
em leitos profissionais
nas vielas do Estácio,
Dos sarros bem tirados
no cine Pinto Azevedo
e tantas trepadas em pé
nas quebradas do São Carlos,
E tantas outras
no campinho da Mineira
e outras tantas ainda
no Cemitério do Catumbi,
Sem contar as noites quente
com a Marisa do Charrão
no alto do Querosene
sobre uma esteira no chão.
Becos do Beco da Fome,
menina dos olhos de Copa bacana
e alegria de altos e baixos Leblons,
onde a fama do prazer
tira o atraso da galera.
Becos que ninguém cantou,
nem no dístico nem no tríptico
e quiçá numa quadra,
mesmo com elipses mentais,
Eu vos empresto minha alma,
mas com a mineira sisudez
em olhar só de soslaio
cá do Largo do Boiadeiro.
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