ANTONIO CABRAL FILHO – ENTREVISTA
Publicado em 10 de janeiro de 2010 por selmovasconcellos
ANTÔNIO CABRAL FILHO
ENTREVISTA SELMO VASCONCELLOS – Quais as suas outras atividades, além de escrever ? ANTONIO CABRAL FILHO – Sou operador de caixa de supermercado.
SELMO VASCONCELLOS – Como surgiu seu interesse literário ?
ANTONIO CABRAL FILHO – Do contato com repentistas e violeiros do sertão mineiro.
SELMO VASCONCELLOS – Quantos e quais os seus livros publicados dentro e fora do País ? ANTONIO CABRAL FILHO – Já publiquei quatro livros de bolso e participo de duas antologias. A primeira da UFF e a segunda da ANE, Associação de Escritores de Niterói.
SELMO VASCONCELLOS – Qual (is) o(s) impacto(s) que propicia(m) atmosfera(s) capaz(es) de produzir literatura ?
ANTONIO CABRAL FILHO – Qualquer coisa me inspira.
SELMO VASCONCELLOS – Quais os escritores que você admira ?
ANTONIO CABRAL FILHO - Lima Barreto,mais que Machado de Assis, pois ele retratou a vida operaria com paixão.
SELMO VASCONCELLOS – Qual mensagem de incentivo você daria para os novos poetas ? ANTONIO CABRAL FILHO – O poeta tem que ser um romântico revolucionário em tempo integral.
POEMAS FAIXA DE GAZA
Nos recreios da escola
Pintava sempre uma briga
Pra divertir a galera.
Aí eu riscava no chão
Uma linha e gritava “qué briga pisa aqui”
E abria – se logo um círculo
De platéia para os brigões
Mas às vezes era richinha
Coisa pouca para uma briga
Então eu riscava a linha no chão
E gritava
“Qué apanhá pisa aqui”
E sem saber nada de guerras
Nem de oriente médio,
Eu tinha inventado
A “faixa de gaza”.
SUPLÍCIO DE NIETSCHE II
Nietsche proclama
A todos os ventos
Que “o espírito do poeta
Precisa de expectadores,
Nem que sejam búfalos”…
Vinicius também proclama
Para além dos quatro ventos
“as feias que me perdoem
Mas a beleza é fundamental.”
Não sou Jesus, mas imploro :
-Pai, perdoa-lhes.
Eles não sabem
O que é subjetividade. ***
Nuvens no varal
Lavadeiras do Rio Doce
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Vamos conferir,
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