sábado, 20 de julho de 2013

CANÇÃO PARA RAINER MARIA RILKE * ANTONIO CABRAL FILHO

CANÇÃO PARA RAINER MARIA RILKE

Não sofro da maldição
que atinge tantos poetas
que choram pelos cantos
por suas próprias tragédias;

Também não sou como tantos
que fazem de suas dores
simplesmente fingimentos
e levam vidas dramáticas
fingindo ser fingidores
das dores que deveras sentem
e vivem vidas ausentes
na história de seus tempos.

Não chego a ser como tu,
vate talhado a mármore,
de verve inigualável no traço,
sem lágrima para verter inútil,
bardo transmudado em verbo
sobre a equanimidade do tempo...

Mas minha palavra-esgrima
esgrime as dores da hora presente
sem tentar saber se dói
o ardor que o poeta sente
de elevar mais alto o valor
da missão que faz do poeta
coveiro das maldições vigentes.

2 comentários:

  1. CONVITE
    Passei por aqui lendo, e, em visita ao seu blog.
    Eu também tenho um, só que muito simples.
    Estou lhe convidando a visitar-me, e, se possível seguirmos juntos por eles, e, com eles. Sempre gostei de escrever, expor as minhas idéias e compartilhar com as pessoas, independente da classe Social, do Credo Religioso, da Opção Sexual, ou, da Etnia.
    Para mim, o que vai interessar é o nosso intercâmbio de idéias, e, de pensamentos.
    Estou lá, no meu Espaço Simplório, esperando por você.
    E, eu, já estou Seguindo o seu blog.
    Força, Paz, Amizade e Alegria
    Para você, um abraço do Brasil.
    www.josemariacosta.com

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  2. Coveiro das maldições vigentes - atribuição poética essencial nos dias que correm...Parabéns pelo poema de reflexão sobre a palavra poética.

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Sei que sou assim: Desde o princípio até ao fim, só restos de mim.