sábado, 8 de junho de 2019

Poesia Virtual * Antonio Cabral Filho - RJ

*POESIA VIRTUAL*



A poesia evadiu-se
fugiu
ninguém sabe aonde foi
dizem à boca miúda
que refugiou-se na INTERNET -
uma galaxia imaginária
que os doidos criaram só pra eles.

Contam que saturou-se dos escurinhos...
Do olor bolorento de papel velho
das paginas de livros
furadas de brocas.

E agora desfila - esbelta - toda topmodel
nos filamentos fibrosos das placas-mães
dos palmtops dos ipads dos tablets e notebooks.

Mas manda avisar
que mantém a humildade
e atende a quaisquer uns
à custa de leves toques
em suas partes mais sensíveis ... os teclados.

Antonio Cabral Filho.Rj

2 comentários:

  1. Belíssimo! A poesia não sabe o endereço que tem, até falar o que o poeta queria viver, entre a vida e o medo de não escrever..

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Sei que sou assim: Desde o princípio até ao fim, só restos de mim.