Ode a Nuporanga
Antonio Cabral Filho - Rio de Janeiro - Rj
Não cobiço Maracangalha;
tirar onda de Caymmi...
Não me refugio em Pasárgada,
à sombra de Manuel Bandeira.
Não quero nada emprestado,
nem vivo de faz-de-conta.
Meu Pindorama é Nuporanga,
onde não há nada postiço.
Não preciso ser bonito nem feio,
para fruir de beleza tamanha.
Lá, as Yaras dançam para mim,
ao som de maracás e tantans,
nosso cauim é puro
e maturado ao sereno,
todos cantam seus cantos de festas
a quem festeja belezas e cantos
e vivemos ébrios de deidades
pois todos somos divindades.
*
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Sei que sou assim: Desde o princípio até ao fim, só restos de mim.